A QUESTÃO DO VALOR JUSTO

Uma leitura que deveria ser feita por todos os Contadores em face do processo de convergência contábil é o artigo publicado no The Economist  de 11 de janeiro de 2010 sob o titulo “Ratio rentals”. O referido artigo esclarece que o preço das rendas no mercado imobiliário continua muito acima do valor justo em diversos países embora isso não ocorra nos Estados Unidos.

 O “The Economist” criou uma medida do valor de mercado da propriedade com base na relação entre o preço das casas e o valor do aluguel. Tal como o valor de uma ação é determinado pelo valor atual dos ganhos futuros, os preços das casas devem refletir o valor do lucro esperado que advém da posse do imóvel. Estes lucros provêm das rendas auferidas pelos investidores imobiliários, os quais são equivalentes aos custos de arrendamento poupados por ocupantes-proprietários.

 A revista conclui que nenhum modelo de avaliação é perfeito. Uma falha do modelo preço/rendas é o fato de não levar em conta mudanças nas taxas de juros reais fazendo referencia à Espanha e a Irlanda que desfrutam de taxas de juros reais muito mais baixas do que antes da adesão ao euro em 1999. Isto pode justificar menores rendimentos de alugueis e, portanto, um índice preço/rendas com um valor de mercado mais alto do que o sugerido pelos dados históricos. Isso ajudaria a explicar por que razão o índice preço/rendas na Espanha subiu ao longo do tempo, em contraste com a Inglaterra, que oscilou mais obviamente em torno da sua média de longo prazo.

 Nossa reflexão é que diante de dados tão dispares como o mercado “entenderá” o estabelecimento de uma hierarquia para a aplicação de técnicas de avaliação, visando aumentar a consistência e comparabilidade nas mensurações.

A tabela pode ser consultado no link a seguir:

Comparação alugueis